quarta-feira, 8 de outubro de 2008

DELÍCIAS LITERÁRIAS

Começam a chegar os presentes de aniversário. Vejam só o JS, o poeta de MARIANA,fez pra mim:

ACRÓSTICO FLORAL -
(p/ Nena de Castro)

gerâNios
mEntzélias
begôNias
mArgaridas

Dálias
cEntradênias

Cenécios
lobéliAs
gailárdiaS
peTúnias
lobuláRias
calceOlária

Lindo e original como o meu amigo poeta! Obrigada!

Agora, vejam se não estou mesmo podendo! No dia, 4/10, eu e NIVALDO REZENDE fomos homenageados pelo IMbrasCI (Instituto Cultural com ramificações internacionais), e recebemos medalhas das mãos da Governadora em MG, a poeta DÉIA LEAL, que nos ofereceu o poema que se segue:

DIZEM DOS POETAS
Andréia Donadon Leal

(Para Nivaldo Resende e Nena de Castro)

Dizem que poeta sente demasiadamente
pelos cantos do quarto
pelos cantos da sala
pelos cantos da rua
pelos cantos...

Dizem que poeta é sensível
poupa de fruta corrompida
ponta de pele exposta
ao léu !

Dizem que vive no mundo da lua
no mundo das emoções
rodopiando, dando pulos
falando sozinho
ou de fala mansa
com os animais
com as flores
com o capim
com a montanha.

Quando se apaixona
se esparrama de cara no amor
ficando meio bobo
meio no mundo da lua,
no meio da lua e no meio do caminho.

Amor de poeta não correspondido
é
pele machucada
repleta de roxo
em cantos mínimos
e máximos do corpo,
a mercê de uma palavra
um gesto
uma esperança
de ver sair da vida
que nem análise
da própria insensatez
de machucar a si mesmo.

Dizem que poeta sente demais
observa muito
chora demais,
dizem que poeta é exagerado
quando ama
...
Poeta não finge a dor que sente
não finge amar o amor
não finge fingindo ser,
poeta não dissimula gozo
não dissimula paixão
não dissimula pôr-do-sol
não dissimula água cristalina
que brota fresquinha e desce
em cascatas pelas encostas da vida;

poeta não precisa fumar um back
para ficar bacana, zen,
nem tomar garrafa de uísque
e dar pulinhos pelos paralelepípedos;

poeta não precisa de óculos de sol
para colorir a realidade de rosa choque
de rosa bebê
de marrom glacê
de verde vessiê
de azul da prússia
de amarelo ocre
de amarelo ouro

para ver a flor desabrochar no quintal de casa
no meio do matagal, no meio do nada,
ver o sol despontar no alto da montanha
sentir a brisa acariciar o rosto
escutar a melodia dos pássaros
e o galo cantar quando o sol
se mancha no alto do horizonte
...
Dizem que poetas são assim mesmo
enxergam além da montanha.
________________________--

Uau, brigadão, Déia! ó, que tô me achando, hein?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

UMA SEMANA INTENSA

Sabem, durante o III Salão do Livro no Centro Cultural Usiminas, eu me diverti muito, fazendo mais um curso de contação de histórias. O professor é lá do Sul , cognome, José Bocca. A turma estava animada e a gente botou pra quebrar com técnicas de respiração, noções de equilíbro, impostação de voz, and so one... O ruim, para mim, foi subir e descer aquelas escadas para chegar até a sala de ensaios, eu subia e descia, com dores dos problemas ósseos, e tome dor no joelho, nos calcanhares, na coluna, ê dasdor! Mas o bom mesmo era estar no estande do CLESI. Novos lançamentos, entre os quais, o BELAS BAILARINAS , de Marília Lacerda, muito bonito! E o carinho da meninada com a autora de MARIANA CATIBIRIBANA, que por acaso, soy jo? E a maravilha que foi saber que o livro do JS, o delicioso JENIPAPO ganhou um prêmio da União dos Escritores Brasileiros? Eita, que maravilha! Vamos todos para o Rio, no final do mês, prestigiar o JS, que vai receber o diploma na ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS!!!
Pra lá de bom foi o lançamento de CENÁRIO NOTURNO, de Déia Leal, no Jardim Japonês, que é um belo lugar, mas que acaba com as sandálias novas da gente, com tantas gretas nas ripas do assoalho e as pedras. Da próxima vez, vou de chinelo de dedo, juro! E teve o jornalista de Brasília, Paulo José Cunha, com aquelas crônicas deliciosas sobre a capital do país, narradas, mostrando lindas paisagens! E eu mais o cumpadi Nivaldo Rezende, fomos agraciados por nosso trabalho em prol da Cultura, pelo IMbrasCI, que é um instituto cultural que faz intercâmbios com escritores e poetas de meio mundo! Ah, eu fiquei toda importante, com aquela fita azul com medalha, Lady Zeferina, adorou!
Mas não importa que a mula manque, graças a Deus, a campanha política chegou ao fim, ninguém aguentava mais! Agora, é tocar o bonde! E vamo que vamo!
Um abraço!