sábado, 20 de setembro de 2008

MACHADO DE ASSIS E GUIMARÃES ROSA

O gênio em Machado de Assis aparece na sua linguagem elegante, nas construções clássicas, na clareza de seus enunciados... E naquela fina ironia, na capacidade perceptiva das fraquezas humanas, na exposição do nervo, frágil liame entre a genialidade e a loucura. E na construção sublime do perfil do ser humano, inseguro e frágil como Bentinho, embora sob a aparência de "macho no comando".Sublime Machado, nós te amamos. (Nena de Castro - MACUNADRU)
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GRANDE SERTÃO:VEREDAS de Guimarães Rosa é a meu ver, o livro mais importante da Literatura Brasileira. Ah, os falares dos sertões do Urucuia, os neologismos, as palavras brotando do chão seco e árido, com o frescor e vigor das grandes criações literárias... Riobaldo Tatarana diz: "Nonada." "Eu sou é eu mesmo Diverjo de todo mundo. Eu quase que nada sei. Mas desconfia de muita coisa"...Eta ferro, uai, que beleza, é assinzinho de tremer o coração!

PLANTIO ROSEANO
(NENA DE CASTRO )
-João, ô João, sai daí, menino!
que qui tá fazendo?
-Vem plantar couve,
vem colher feijão!
-Nonada, mãe,
Planto couve, não.
Tô plantando estrela
No céu do sertão,
Tô aspergindo bênção
No duro desse chão.
Vou plantar palavra,
Vou criar palavra
Vou criar beleza
Na palma da mão.
20.09.01

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