sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O GRITO

Antônio Cícero


Estou acorrentado a este penhasco
logo eu que roubei o fogo dos céus.
Há muito tempo sei
que este penhasco
não existe, como tampouco há um deus
a me punir, mas sigo acorrentado.
Aguardam-me amplos caminhos no mar
e urbes formigantes a sonhar
cruzamentos febris e inopinados.
Você diz “claro” e recomenda um amigo
que parcela pacotes de excursões.
Abutres devoram-me as decisões
e uma ponta do fígado mas digo
E daí? Dia desses com um só grito
eu estraçalho todos os grilhões.

2 comentários:

Thiago Moreira disse...

isso aí nena! vou biscoitar seu blog sempre agora ein!!! aquele abraço!!

Divulgador Rubem Leite, na posição de PRESIDENTE DA AJSI-REG. MG-GOV. VALADARES <=> SUCESSORES E MISSÃO SAGRADA (este blog não é oficial da Seicho-No-Ie - BR) disse...

Meu comentário é sobre seu texto
"Mulheres: o outro lado da moeda, real e doloroso".
Sobre o comentário de que muitas mulheres morrem por irem a clínicas clandestinas posso dizer que a legalização do assassinato não diminuirá a ida aos "açougues", pois Inglaterra e Japão, onde são legais, muitas ainda vão aos "açougues", (digo assim, não como crítica à prática, que sou terminantemente contra, mas devido à falta de higiene do local). Japão, onde basta a mulher dizer, por exemplo, meu marido chegou atrasado ontem então não quero mais a criança... ela aborta. Ainda assim muitas vão ao açougue. No Brasil, que o cigarro é liberado, ainda assim compra-se os "matarratos" nos camelôs. Liberar a matança dos inocentes em nada vai ajudar as mulheres além do aborto dar problemas psicológicos futuramente...