segunda-feira, 11 de agosto de 2008

ODE(o) ao PERNILONGO

Nena de Castro
(Ridendo castigat mores)


I

Pernilongo inconseqüente,

Incoerente, desgraçado

- não respeita nem a mim,nem a esse resfriado

-que me sufoca em espirros!

Vá zunir noutra paróquia!

Vá para outra biboca!

Seu ... inseto, seu ... vampiro!

II

Respeite o sono sofrido

Que essa escriba ora tenta,

não quero correr perigo,

De amanhã, sonolenta,

Envergando a negra beca,

E não estando atenta,

E não estando alerta,

não fazer a coisa certa.

III

E num vexame tremendo

no decorrer da Audiência,

diante de sua Excelência,

não dar aquela "espremida"

E deixar faltar comida,

Pros "Zezinhos" que defendo

dos papais, sem consciência,

indiferentes, nojentos,

que os jogaram no mundo,

mas não pagam os alimentos!

IV

Pernilongo vagabundo,

Fidamãe, desnaturado,

indigno representante

Dos mosquitos educados,

Sou pessoa "importante"

(- é favor não ficar pasmo: )

professora ... e sofredora,

(me perdoe o pleonasmo!)

pois é assim que me sinto,

trabalhando com afinco,

para os "do povo", sofridos:

Sou a Pública-Defensora,

Super-Nena, a protetora

dos "frascos e comprimidos"!

V

Pernilongo renitente

Sanguessuga, me respeite,

já tenho quem me atormente

me cobre juros altíssimos,

me trate com destempero:

pra isso tem o governo,

O BNH, o banco,

O INSS perverso

O "leão" feroz e bronco,

E políticos "seríissimos" ! ...

VI

Pernilongo desalmado,

Que me quer morta, exangue,

fica aqui o meu recado:

Se quiser chupar meu sangue,

Pode, mas tenha bom senso!

Pique, chupe, roube, leve!

MAS FAÇA ISSO EM SILÊNCIO!

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